Matemática, História e muito mais: Instituto Vini Jr aposta no futebol como linguagem inclusiva, plural e moderna

A Educação, sobretudo a Educação Pública, tem desafios históricos e indicadores alarmantes que vão desde dificuldades na estrutura das escolas até a alta taxa de evasão escolar – agravada nos últimos anos por conta da pandemia do Coronavírus. Observando o cenário e levando em conta o comportamento da “Geração Z”, estudiosos e militantes da Educação apontam o formato tradicional das aulas como fator importante no esvaziamento da relação aluno x escola. Com a tecnologia cada vez mais presente na rotina das crianças e jovens, elementos presentes há séculos no processo de ensino foram perdendo espaço e contribuindo para desestimular esses alunos. 

Diante disso, o esporte, em especial o futebol, é um importante aliado para tornar a aula mais dinâmica, atual e interessante. Afinal de contas, se para uma criança é difícil se concentrar nas aulas de Matemática, não se pode dizer o mesmo quando o assunto é um jogo interativo em que ela precisa, por exemplo, calcular o saldo de gols de uma equipe. Embora o raciocínio lógico seja o mesmo, a abordagem diferente é capaz de captar a atenção e aí sim, promover a aprendizagem.

Em entrevista à Exame, Leandro Herrera, CEO e fundador da Tera, plataforma de educação para profissões digitais, escolas precisam tanto entender as demandas da nova geração — maior flexibilidade na forma de aprender, aprendizado com projetos práticos e mão na massa, formatos que consigam captar a atenção em meio a tantos outros estímulos informacionais —, quanto preparar adequadamente essas pessoas para o mercado. Para ele, o modelo de ensino ideal deveria atrelar os traços de personalidade e rotina de cada indivíduo ao seu modo de aprender, além de integrar a tecnologia durante toda a jornada de aprendizado.

“[…] O modelo de educação deveria se moldar de maneira que as aulas se tornem espaços de desenvolvimento social e cognitivo para explorar ao máximo o conhecimento tecnológico e potencial de adaptabilidade que essa nova geração apresenta, com ênfase nas habilidades humanas e que são insubstituíveis pela automação”, afirmou Herrera na entrevista ao portal. 

Quem faz coro ao discurso é o Diretor Executivo do Instituto Vini Jr, Victor Ladeira. Para ele, é importantíssimo se adaptar ao “que faz sentido para os educandos”. Ladeira pontua que usar o futebol como linguagem pode ajudar a engajar os alunos e tornar a aula ainda mais atrativa.

“Para o Instituto o futebol não é apenas uma modalidade esportiva, o futebol é uma linguagem lúdica, universal e atemporal. Futebol é futebol em qualquer tempo e em qualquer lugar. A gente tem e usa referências do esporte o tempo todo e trata-se de uma ferramenta incrível para ensinar. Assim, é possível dar uma aula de Geometria mostrando as figuras geométricas de um campo de futebol: o grande círculo, que é o círculo central, está na Geometria Plana; já a bola, uma esfera, é um sólido geométrico. Se eu falo, por exemplo, que o Vini joga no Real Madrid e que Madrid é a capital da Espanha, que fica no continente europeu, já entrou numa pauta de Geografia. Outra possibilidade é mostrar a tabela do campeonato e junto com as crianças calcular o saldo de gols, número de pontos e de vitórias, trabalhando o raciocínio matemático de uma maneira prazerosa e que faz sentido. Nós precisamos nos adaptar ao que faz sentido para os educandos.”, avalia Victor.

Entre as iniciativas que visam estreitar os laços entre quem ensina e quem aprende está o Aplicativo Base, o primeiro produto educacional desenvolvido pelo Instituto Vini.Jr. Trata-se de uma ferramenta que utiliza a linguagem e o fascínio do futebol para atrair os alunos e, com isso, promover uma aprendizagem lúdica e eficiente. O Base é um software educativo totalmente referenciado pela BNCC – Base Nacional Comum Curricular, desenvolvido para ser uma ferramenta parceira dos professores. O aplicativo foi criado para ajudar no dia-a-dia da sala de aula, dando uma dinâmica diferente aos processos de ensino-aprendizagem.